quarta-feira, 26 de agosto de 2015

O que é Síndrome do Pânico?

O Grito - Edvard Munch
A Síndrome do Pânico tem sido um dos problemas bastante recorrente nos últimos anos e que leva o indivíduo a buscar por tratamento psicológico.
Ela é a forma mais acentuada dos transtornos de ansiedade. Como o próprio nome diz, reproduz um estado de pavor intenso. A diferença entre o Pânico e outras crises de ansiedade é que ele aparentemente não é desencadeado por fatores externos. É como se a crise acontecesse sem fundamento algum. Mas veremos que não funciona  bem assim.
Os sintomas se confundem com um ataque cardíaco: o coração acelera muito, a pessoa sente falta de ar, dor no peito, tontura, tremores, sudorese e sensação de iminência de morte. Depois da primeira crise, geralmente a pessoa desenvolve o medo das próximas crises, o que faz com que ela comece a evitar certas situações (como dirigir, por exemplo) e a ter a vida com algumas limitações.
A psiquiatria vai dizer que não existem causas. A análise psicológica tem outra visão e identifica muitos fatores para o desenvolvimento do quadro do Pânico. O que ocorre em geral é que a vivência de eventos difíceis e que tiveram forte impacto na vida da pessoa, como algum tipo de perda, doença, separação, crise profissional, entre outros, podem leva a um desencadeamento para o quadro do pânico, desde que essas situações não foram devidamente elaboradas ou assimiladas pela pessoa. Essas ocorrências podem ter acontecido até dois anos antes das primeiras crises, o que reforça a impressão que elas não têm causa. Outra possibilidade para a instauração do quadro é a antecipação de mudanças que estão para acontecer, e o indivíduo pode sentir que não está preparado para lidar com elas. O que ocorre é que os conteúdos psíquicos ficam abaixo do nível da consciência e, no transtorno do pânico, se mostram de maneira súbita na forma de sintoma. O fato de não termos consciência desses conteúdos não significa que eles não existam, e principalmente, que eles não exerçam influência sobre nosso estado mental e emocional.
O tratamento, quando o quadro é muito acentuado, precisa de auxílio medicamentoso e a psicoterapia é fundamental para se identificar quais são os fatores que estão gerando as crises, mas que não estão no nível da consciência e, por isso, continuam afetando a estabilidade emocional do indivíduo.

Alessandra Munhoz Lazdan
CRP 06/69627

Um comentário:

  1. Só mesmo que já passou ou está passando por isso sabe o que é.....
    Tenho 40 anos e iniciei meu tratamento a 30 dias.
    Gostaria muito de trocar experiências com outras pessoas.
    paulohenrique.francisco@gmail.com

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